quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Já por cá...

El Cobre, Santiago de Cuba (junto à única Basílica existente em Cuba)
O regresso de uma viagem, pelo menos para mim, causa-me sempre emoções antagónicas: a tristeza do regresso e a grande parte, se não toda, das ferias que já passou; e a alegria de estar de volta a Portugal, a casa. E desta vez não foi excepção!

Cuba, um país para o qual me faltam palavras para descrever... Ia preparada para a pobreza, para a decadência material, mas não ia preparada para o povo e consciência social existente.

Esperava encontrar carros velhos/antigos, e encontrei; esperava encontrar edifícios majestosos a cair, e encontrei; esperava encontrar um povo alegre e modesto, e não encontrei! :(

Tudo se justifica pela revolução, incluindo a subserviência; e tudo se justifica pelo 'bloqueio' - a culpa é dos americanos... Gostava de ter encontrado pessoas verdadeiramente alegres, com muita música e muita dança mas, fora do 'meio' turístico, raramente o observámos. Gostava de ter visto um povo humilde dentro das condições a que estão sujeitos mas, em muitas situações, encontrei a arrogância e o 'tou-me a borrifar para ti'!

Perguntámo-nos, a determinada altura, porquê tanta gente ia a Cuba. Concluímos que, sem dúvida, as principais razões são as praias e a prostituição - num hotel de 5* em Havana tivemos, várias vezes, de ver e subir no elevador com 'senhores' e suas 'acompanhantes' :(

Mas é uma viagem, que mesmo fugindo às expectativas inicias, vale sempre a pena, no final o balanço é sempre positivo!

Já agora recomendo Santiago de Cuba, nas entranhas da Sierra Maestra.

Boas viagens!

5 comentários:

Anónimo disse...

Excelente resumo...para quem não usa um "caderninho" para tomar notas.

aprendiz disse...

PO queres, com base no teu 'caderninho', escrever um 'artigo' sobre Cuba para o meu blog :)

Nuno Cabeça disse...

...mas não é um caderninho qualquer, é um moleskine! parecido com o do Ernest e do Paulo Portas :D

António Bento disse...

então é por isso que ele já não treina. é a veia a tomar a dianteira:
moleskine hem? finório!
quero muito ver esse post/artigo. nada de jogar à defesaó pedro o.
bj e abraço
ab

Teresa David disse...

Estive em Cuba em 2001 e concordo parcialmente com o que diz, pois, pelo meu lado, vi um povo cheio de dificuldades mas que foi de uma generosidade humana para mim enorme. Claro que me apercebi da prostituição, bastante bem organizada, que passa despercebida aos menos atentos, mas onde é que ela não existe. Contudo, não defendo o regime pois em Trinidad, vi com os meus olhos a repressão e miséria, porque esta cidade é bem diferente das outras do circuito turistico.
Tem graça sermos homonimas pois nunca encontrei ninguém com o meu apelido que não fosse da minha família. Quiçá seremos primas! Tenho tanta família que perdi o contacto ao longo dos anos, e sei de uma Teresa David que é minha prima e não vejo desde a minha adolescência.
Era engraçado investigarmos isso.
Bjs e bom fim de semana
TD